A Ceramista
A Ceramista
Trago comigo coisas abandonadas.
Coisas que os homens jogaram fora:
placentas, gânglios, guirlandas, guelras.
Marize Castro
agora já são cinco privês
antes era um prédio respeitável
escavo escadas ante a mudez
do elevador, guilhotina pichada
no pó suspenso no ar
catedrais de coisas abandonadas
e lá dentro chafurdo com minhas duas
mãos nas peças de cerâmica
e como parteira tiro do barro
um caco, um vaso, um sonho, um sopro
7 Comentários:
acho que conheço o lugar em que essa foto foi tirada... parabéns pelo blog, ana!
By Anônimo, at 4:38 PM
Parabéns, Ana. Você realmente é uma pessoa múltipla, está em todas. Beijo.
By Anônimo, at 5:23 PM
O barro é fértil - os homens não sairam de lá? Mas as mãos têm que ser boas, o que parece não ser problema para você. Abraços de Belém!
By Edilson Pantoja, at 6:59 PM
Aninha, legal o poema, em especial o último verso, que tem uns ecos barrocos... beso do
CD
By Anônimo, at 9:05 PM
Lindo e lindo, Ana. Parabéns por mais este filho.
Beijos
By Anônimo, at 9:23 PM
vim conhecer o blog novo. belo poema e adorei as fotos.
beijo
By virna, at 1:06 PM
Gostei da foto e muito do poema.
By Anônimo, at 2:06 AM
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