Peixe de Aquário

30 setembro 2006

Oitavas - Selo Demônio Negro e Cristian de Nápoli

Fui ver a Coleção Inclusa no Ateliê Casa Madalena, peças lindas (!) inspiradas em poemas da Cristiane Lisboa de seu livro Deles e Quase o Resto. Conversas instrutivas sobre suportes poéticos por lá, esse, no caso, é o acho chique. Fotos:








Na continuação da série sobre o Oitavas, antologia de poesia a ser lançada no dia 10, hoje escolhi trazer um pouco do Cristian de Nápoli. Já vi o Cristian uma vez na Mercearia, no lançamento da Eloísa Cartonera, livros feitos a partir de papelão catado na rua. Na ocasião fiquei tímida de gastar meu portunhol salsero.

O google me disse que o Cristian nasceu em Buenos Aires, estuda letras na UBA e debruça-se sobre o período colonial na América Latina. Publicou La Maga en coma: reflexiones sobre rock y literatura, ensaio sobre rock pela Ediciones de la Flor em 1998 e Límite bailable, poemas pela Astier Ediciones, 1999. Aguardemos.
Oitavas - Lançamento dia 10 de outubro, Casa das Rosas, 20h. Ed. Amauta, Selo Demônio Negro, editor Vandeley Mendonça. Participam: Ana Rüsche, Cristian de Nápoli, Elisa Andrade Buzzo, Luiz Roberto Guedes, Paulo Ferraz, Pepe Valdez, Sergio González Valenzuela, Victor Del Franco

28 setembro 2006

Lugar Comum 18



Está tudo em ordem.

Só para não perdemos o costume.


no meio dos sapatos e degraus
a pequena teve que estender o rosto,

como da última vez
como um gatinho bebendo leite.

Oitavas - Selo Demônio Negro

No dia 10 de outubro será lançado na Casa das Rosas "Oitavas", coletânea de poesia publicada pelo selo Demônio Negro da Ed. Amauta. O idealizador é o Vandeley Mendonça e o livro conta com a presença dos autores Cristian de Nápoli, Elisa Andrade Buzzo, Luiz Roberto Guedes, Paulo Ferraz, Pepe Valdez, Sergio González Valenzuela, Victor Del Franco e yo.

Provavelmente receberemos a visita do Cristian de Napoli, da Argentina e do Sergio Valenzuela, do Chile, e possivelmente o poeta californiano P. Valdez. Como isso tudo merece comemoração, postarei coisinhas a ver com o lançamento. Claro que sem a mínima seqüência, com bem compete a esse blog.

Hoje vai sobre o Victor del Franco, que tb foi revisor da edição (foto dele no Beco do Rato, Lapa-Rio): os poemas que selecionou fazem parte de um trabalho inédito chamado O elemento subterrâneO, ou seja, uma pequena pequena amostra do livro que está por vir.

O Victor é um dos malucos que participa do Projeto Identidade e ajuda a organizar a FLAP! (principalmente como fotógrafo). Em 1994 participou do Grupo Cálamo e publicou em 1998 A Urdidura da TramA, Ed. Giordano.

27 setembro 2006

2 Cursos: Latino-americanos e Criação Literária

2 cursos que achei interessantes: um no Rio e outro em São Paulo:

Literatura latino-americana no século XX: um Olhar Transculturador
Durante a década de 70, o crítico uruguaio Ángel Rama, a partir de seu estudo sobre o antropólogo cubano Fernando Ortiz, incorporou o termo transculturação aos estudos literários para explicar de que maneira recursos da vanguarda européia haviam, por meio deste processo, se adaptado à realidade latino-americana. O curso tem como objetivo o estudo dos mais importantes transculturadores da América Latina.
Professor: Leonardo Vieira de Almeida. Mestre em Literatura Brasileira e Doutorando em Literatura Comparada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Segundas-feiras, das 19:00 às 21:00h. Início: 02/10/06. Local: Centro de Formação Freudiana, rua Conde de Irajá, 370, 3º andar – Botafogo – Rio. Informações: (21) 2266-3300 / 3273-7175, e-mail: leonardo33vieira[arroba]yahoo.com.br



Criação Literária – Academia Internacional de Cinema
O programa é voltado para a formação de escritores nos gêneros poesia, ficção (conto, romance, novela) e não-ficção (biografia, reportagem, crítica). Com aulas práticas e apoio teórico, o aluno cria seus próprios textos com acompanhamento semana a semana por escritores de reconhecido prestígio, além de desenvolver suas habilidades e conhecimentos de forma, de estilo e de análise crítica.
Professores: Michel Laub, Wagner Carelli, Rodrigo Petronio, Marcelo Rezende, Marcelino Freire, Márcia Tiburi. Segundas e terças-feiras, das 19h30 às 21h30; quintas-feiras, das 19h30 às 22h30. Início: 10.10. Local: Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142 – Higienópolis – São Paulo. Informações: info[arroba]aicinema.com.br ou telefone: (11) 3826 78

25 setembro 2006

CAI-MAU e a Sinfonia n°4


Muita gente odeia morar aqui. Sou quase do pólo oposto. Não por amor profundo nenhum ou grandes sentimentos de reconhecimento, mas sim pq nunca morei muito tempo em outro lugar.

Bem, o que me ocorre para o tópico é que domingo o programa foi típico dessa metrópole. Começou com Tchaikovsky, Sinfonia n° 4, no Parque Villa-Lobos, 13h, tempo horroroso. Velhinhas alternam o bem e o mal vestir uniformizados em capas de chuva, um puta frio, bem que podia ser suas últimas pneumonia, mas não, elas estavam ouvindo Tchaikovski. E sempre tem aquela que reclama que brasileiro bate palma errado, entre os dois movimentos, ah, que cultura a desse povo. Merece a tal pneumonia encafifada na capa de chuva de 2 real. A Secretaria da Cultura dividindo vi-ai-pis e pessoas normais por uma grade, aquela coisa.

Daí se pega o metrô para a Av. Paulista, Estação Brigadeiro, Casa das Rosa. Maracatu na calçada, creio que era um povo da FAU-USP e lá está o CAI-MAU do Maloqueiristas. Berimba correndo pacas para ajeitar tudo, Caco com o mega fone, Toschetesch com sua boininha, presenças de velhos companheiros como a Aline, muita gente, muita gente, circula gente.
Não consegui postar as fotos no blog (estão ótimas): CLICA AQUI!

Depois se vê o Ferrez e o Sérgio Vaz na MTVê na pizza básica com os amigos. Cosa loca morar por aqui.

21 setembro 2006

Aniversário de 1 Ano: CAI-MAL



Com certeza, um dos programas literatos mais divertidos do ano! O povo da Poesia Maloqueirista (basicamente os figuras Caco Pontes, Pedro Tostes e Berimba de Jesus) completa 1 ano de CAI-MAL (um sarau muito louco, com dança, declamações, pinturas) em grande estilo. Domingão à tarde, tranqüilo de comparecer.

C.A.I-MAL / HUM - ANO: (CENTRO DE AÇÃO IN-FORMAL) - ESPAÇO DE PROPOSIÇÃO DO CAOS CULTURAL
EXPERIÊNCIA SENSORIAL DA POÉTICA E SUAS POSSIBILIDADES
INFORMAÇÃO ENTRETENIMENTO COESÃO - SUBLIMINAR PÓS_CONTEMPORÂNEA IMAGÉTICO-IMERSIVA .
DIVERSÃO GARANTIDA OU SUA TELEVISÃO DE VOLTA!
POESIA/MUSICA/ARTES PLASTICAS/PERFORMANCES/PROJEÇÕES/POSSIBILIDADES
Dia 24/09/2006, a partir das 15:00 hs na Casa das Rosas.
Av. Paulista, n 37. De Graça. Dê Graça.
Lançamento da revista Não Funciona No 6

Conquistando a Rede

Para quem considera instalar uma newsfeed ou um contador num blog uma vitória (!!), talvez seja uma boa dica, afinal, blogs e literatura possuem cada vez mais tudo a ver:

Dêem uma olhada no Conquiste a Rede. São quatro livros, assinados por Ana Carmen Foschini e Roberto Romano Taddei, que explicam em linguagem fácil questões internéticas. A coleção está licenciada pela Creative Commons, ou seja, pode ser distribuída livremente, com os devidos créditos, quando não houver fins lucrativos. Legal, não?! Ajudem a divulgar.

Para ler o volume sobre blogs: clique aqui

19 setembro 2006

Essas Mininas

Escrevo melhor sobre a Mininas, conforme me solicitaram: para quem não conhece, a revista é de literatura e artes visuais. Agora está com mais páginas e novas seções neste ano. A capa linda, de Bárbara Renauld, é um preview desta revista agradável com formato “bolsa de mulher” (que o Pedro Tostes insiste em falar que é plágio de seu livro Mínimo, hehe).
Por fim, o site é um ótimo consolo para quem só possa estar lá de coração presente, com o resto do corpo na frente do computador.
Participei do “Perfil e Entrevista”, muito legal e bem feito pela Elisa B
uzzo.

Alguns destaques – Edição 8:

Prosa – Andréa del Fuego, Silvana Guimarães...
Poesia – Angélica Freitas, Simone Andrade Neves...
Arte – Dora Ferraz, Bel Xavier, Sissy Eiko...
Perfil e entrevista – da escritora Ana Rüsche/ por Elisa Andrade Buzzo (novo!)
Reportagem – por Maria Lutterbach (novo!)
Romance – trecho de obra da Júlia Lopes de Almeida (1901) (novo!)

Mais destaques – Edição 9:

Prosa – Antônia Pellegrino, Guiomar de Grammont...
Poesia – Flávia Rocha, Flausina Márcia da Silva...
Arte – Ana Valadares, Angelina Camelo, Laura Teixeira...
Perfil e entrevista – da artista plástica Chiara Banfi (novo!)
Reportagem – (novo!)
Romance – trecho de obra da Carmem Dolores (1911) (novo!)
História em quadrinhos – Luli Penna (novo!)


MININAS – lançamento das edições 8 e 9
Dia 21 de setembro de 2006 – a partir das 19h30
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

17 setembro 2006

Anote-Anote-Anote: essa semana

Poesia Cubana
Terça-feira, dia 19, 19:30h, Casa das Rosas
Com Efraín Rodríguez Santana. Geração dos anos 50 e sua relação com a revolução nos anos 60.

Revista Mininas
Quinta-feira, dia 21, 20h, Casa das Rosas
Serão lançadas novas edições da revista Mininas, a mais charmosa do gênero sem nenhuma dúvida. Detalhes no blog da Elisa Buzzo, Calíope. Capa de Bárbara Renauld ao lado.

Congresso: V MiniENAPOL de Semiótica
Dias 20, 21 e 22 de setembro de 2006, Cidade Universitária
Encontro no qual são expostas e discutidas as pesquisas em andamento dos pós-graduandos e alunos de graduação que estejam envolvidos com pesquisa relacionada à semiótica. Participação grupos, como Ges-Usp, CASA, Ges-Unesp, NUPLIN, Sadi, CPS.

12 setembro 2006

Sexta: Donny Correa, Del Candeia e Ana Rüsche na Letras-USP

Escritor Nas Letras” é um projeto organizado pelo CAELL com apoio do Prof. Antonio Vicente Pietroforte do Depto. de Lingüística (FFLCH-USP).

O projeto trouxe já Glauco Mattoso e Joca Terron, dentre outros, para conversar com estudantes e oxigenar um pouco as idéias e contatos literários dentro da Universidade. No final de setembro, é quase certa a presença do querido Jabuti-Jaburu Marcelino Freire.

Na sexta-feira agora, o projeto trará Del Candeias, Donny Correia e eu para falar um pouco sobre nossos trabalhos e livros de estréia: respectivamente
Uma Dose de Cortisol e uma Porção de Seratonina, O Eco no Espelho e Rasgada.

Agradeço se ajudarem a divulgar!

Escritor nas Letras, com Ana Rüsche, Del Candeias e Donny Correia
Sexta-feira, 15 de setembro, 10h
Cidade Universitária, Faculdade de Letras, Sala 169
Maiores informações: caell2006@yahoo.com.br

11 setembro 2006

Filhos da Guerra Fria

A expulsão legalista de Plutão do Sistema Solar causou impacto engraçado na mídia, com oposições bizarras entre astrônomos e astrólogos - e por coincidências astrais, "planeta" possui a origem semântica relacionada a "errante".

Selecionei 3 poetas interessantes que postaram em blogs nesse período e complementei com 2 poemas meus publicados no Rasgada. Agradeço aos autores!

foto: domo de francisco brennand


São sete graus
e eu um barraco à beira da marginal
..... - quando o haroldo fala em anéis, de saturno, eu penso na rita
meu barraco cultiva bichos que fazem ninhos de besouros
..... ah meu coraçãozinho
incha incha incha
se pudesse diria: eu tenho mãe secretária, eu tenho pai vagabundo
..... mas a música não é minha

de Roberto Romano Taddei, À Guisa de Blogue



Notícias do Vácuo

Hoje os astrônomos decidiram que Plutão não é mais um planeta.
Dizem que Plutão é muito menor que a Terra e até mesmo menor que a Lua.
Bobagem.
Muitas vezes já me disse que o mês é bem maior que o meu salário,
mas não deixei de constelar contas e cadastros
e nem por isso os astros deixaram de ser astros.

de Fábio Aristimunho Vargas, escreve regularmente no
Medianeiro


Plutão não é mais planeta

Eu sabia,
lá no fundo,
que ser o último tem um preço:
desespero: esperar sem esperança
como as almas de Caronte
lá no fundo lá no fundo lá no fundo lá no fundo


de Daniela Ramos, autora do Caderno V

............*...*...*

notícias interplanetárias

há um outro planeta vermelho no sistema solar,
tua falta é o eclipse de meu mundo,
parece que houve vida em marte.


pequenas alegrias

a araponga martelava o sol a pino
o chorão plantado triste na curva da rua
meu pai me contava sobre os planetas

de ana rüsche, publicados em Rasgada, 2005.

07 setembro 2006

Coisas da Semana de 3 dias


2 Poetas Angolanos na Casa das Rosas: Kantoluanda com Abreu Paxe e Conceição Cristóvão

Difícil dizer como foi ontem, se foi tão agradável e com tantas palavras bem encaixadas. A visita de Abreu Paxe e Conceição Cristóvão irá nos deixar saudades e um “marco”, como bem disse o primeiro, sobre a urgência de se intensificar esses diálogos Brasil – África. Bem, dessa vez, a máquina fotográfica ficou na gaveta do meu quarto, sorte de quem resistiu ao frio. Louros ao Cláudio Daniel, o grande organizador da jornada, destaque para leitura da Virna Teixeira, Luiz Guedes e sua iniciativa privada, para os olhos lindos (ah, lugares comuns) da Mônica e aos astros na boca de Alice Ruiz.
Dica 1: Leia no site Desconcertos alguns poemas dos dois. clique aqui
Dica2 : Entre no site do artista plástico Francisco dos Santos. clique aqui.

Foi ao ar a entrevista que concedi ao Rodrigo de Souza Leão. Falo de poesia feminina e seus preconceitos (viva as escritoras suicidas e seu bom humor!), da necessidade de se conhecer literatura em português africana, poesia e internet, escritores paulistas de hoje (se me aventurasse a falar de outro espaço-tempo, cometeria mais injustiças que pretendido), sobre o Projeto Identidade e O Casulo. Agradecimentos ao portal!

FLAP x FLIP, por Marília Almeida

Mais uma opinião sobre o tema!

03 setembro 2006

Campos de Concentração nos EUA e Mr. Okita

Sobre holocausto e campos de concentração para judeus, isso todo mundo sabe. O que pouca gente sabe é que depois do ataque a Pearl Harbor, os Estados Unidos criaram campos de “realocação” (para evitar o termo “concentração”) para japoneses que viviam em território norte-americano, pois claro que todo japonês que morasse por lá podia ser um espião em potencial...
Em 1942, Franklin Roosevelt assinou o Decreto Executivo nº 9066 que obrigou o confinamento de aproximadamente 120 mil japoneses e descendentes em 10 áreas cercadas e policiadas nos terrenos desérticos de Arizona, Arkansas, Califórnia, Colorado, Idaho, Utah e Wyoming. A partir dessa realidade, Dwight Okita escreveu um poema lindo, cuja tradução que preparei aceita comentários e reparos.
Dwight Okita nasceu em 26 de agosto de 1958 em Chicago. Em uma curta auto-biografia em seu
site oficial, define-se como japonês americano, gay e budista. Sua mãe, Patsy Takeyo Okita, que ainda é viva, foi internada durante 4 anos em um campo de “realocação” quando adolescente, o que inspirou esse seu mais famoso poema.

In Response to
Executive Order 9066:
All Americans of Japanese
Descent Must Report to
Relocation Centers


Dear Sirs:
Of course I’ll come. I’ve packed my galoshes
and three packets of tomato seeds. Janet calls them
“love apples”. My father says where we’re going
they won’t grow.

I am a fourteen-year-old girl with bad spelling
and a messy room. If it helps any, I will tell you
I have always felt funny using chopsticks
and my favorite food is pizza.
My best friend is a white girl named Denise –
we look at boys together. She sat in front of me
all through grade school because of our names:
O’Connor, Ozawa. I know the back of Denise’s head very well.
I tell her she’s going bald. She tells me I copy on tests.
We are best friends.

I saw Denise today in Geography class.
She was sitting on the other side of the room.
“You’re trying to start a war”, she said, “giving secrets away
to the Enemy, Why can’t you keep your big mouth shut?”
I didn’t know what to say.
I gave her a packet of tomato seeds
and asked her to plant them for me, told her
when the first tomato ripens
to miss me
.



Em Resposta ao
Decreto Executivo nº 9066:
Todos os Norte-Americanos
Descendentes de Japoneses
Deverão Dirigir-se a
Campos de Realocação


Prezados Senhores:
Claro que irei. Já empacotei minhas galochas
e três pacotes de sementes de tomate. Janet os chama
de “maçãs do amor”, peles-vermelhas. Meu pai disse que para onde iremos
eles não crescerão.

Sou uma garota de quatorze anos ruim de ortografia
e com um quarto bagunçado. Se ajudar, posso dizer também
que sempre me senti engraçada usando pauzinhos
e a comida que mais gosto é pizza.
Minha melhor amiga é uma garota branca que se chama Denise –
olhamos para os meninos juntas. Ela se sentou na minha frente
por todo ginásio por conta de nossos nomes:
O’Connor, Ozawa. Eu conheço muito bem as costas de Denise.
Eu falo que ela vai ficar careca. Ela me diz que colo dela nas provas.
Nós somos as melhores amigas.

Hoje vi Denise na aula de Geografia.
Ela estava sentada na outra ponta da classe.
“Você está tentando começar uma guerra”, disse, “contando segredos
para o Inimigo, por quê você não consegue manter essa tua boca grande fechada?”
Não sabia o que dizer.
Dei a ela um pacote de sementes de tomate
e pedi que as plantasse por mim, disse que
quando o primeiro tomate ficasse maduro
que sentisse saudades de mim.


Outra experiência artística maravilhosa sobre o tema é a galeria de fotos de Masumi Hayashi, "
American Concentration Camps", assim como a outra que recebe sua curadoria feitas por internos na época. Clique aqui para mais sites sobre isso.